Politereftalato de etileno, ou PET, é um polímero termoplástico, desenvolvido por dois químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941, formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, originando um polímero, termoplástico. Utiliza-se principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas.

Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.

As garrafas produzidas com este polímero só começaram a ser fabricadas na década de 70, após cuidadosa revisão dos aspectos de segurança e meio ambiente.

No começo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios.

Mais tarde na década de 90, o governo americano autorizou o uso destes material reciclado em embalagens de alimentos.

Reciclagem

Pode ser reciclado, pelo processo de termoreação, ou a quente, aonde a determinada temperatura, o polímero fica líquido, podendo então ser moldado, extrusado, comprimido ou em outra forma. As garrafas produzidas com este polímero podem permanecer na natureza por até 800 anos.

No começo da década de 1980, os Estados Unidos e Canadá iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios.

Mais tarde na década de 1990, o governo norte americano autorizou o uso destes materiais reciclados em embalagens de alimentos. A produção cresceu mais, a reciclagem não acompanhou a produção, gerando uma invasão de garrafas de todos os tamanhos e formatos, hoje a produção de pet avançou e é um dos maiores vilões do meio ambiente, poluindo matas, rios e córregos[3].

Contaminantes

Os principais contaminantes do PET reciclado são os adesivos plásticos A base ou ("base cup") - a famosa base de alguns refrigerantes de Polipropileno. A maioria dos processos de lavagens não impede que traços destes produtos indesejáveis permaneçam no floco de PET.

A cola age como catalisador de degradação hidrolítica quando o material é submetido à alta temperatura no processo de extrusão, além de escurecer e endurecer o reciclado. O mesmo pode ocorrer com o policloreto de vinilo (PVC), que compõe outros tipos de garrafas e não pode misturar-se com a sucata de PET, pois o PVC reage com o PET, transformando-o em outra substância.

O alumínio existente em algumas tampas só é tolerado com teor de até 50 partes por milhão no reciclado.

Seleção

A seleção e pré-processamento da sucata é muito importante para a garantia de qualidade do reciclado. A seleção pode ser feita pelo símbolo que identifica o material ou pela cor (cristal, âmbar ou verde). A separação pode seguir processos manuais ou mecânicos, como sensores ópticos.

No pré-processamento, após a prensagem, é preciso retirar os contaminantes, separando-os por diferença de densidade em fluxo de água (levitação) ou ar. Além do rótulo (polietileno de alta densidade), devem ser retirados da sucata os resíduos de refrigerantes e demais detritos, por meio de processos de lavagem.

Os diferentes tipos de garrafas também podem ser um problema na reciclagem. As garrafas que são usadas para envase de bebidas carbonatadas, precisam de um índice de viscosidade maior que o de uma garrafa de água, por exemplo. Dependendo da aplicação da resina reciclada, a mistura dos dois tipos de garrafas pode dar um efeito complicador no futuro processamento.

Vantagens da Reciclagem

Redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a decomposição pois impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando circularem gases e líquidos.
Economia de petróleo pois o plástico é um derivado.
Economia de energia na produção de novo plástico.
Geração de renda e empregos.
Redução dos preços para produtos que têm como base materiais reciclados.
No caso do PET de 2 litros, a relação entre o peso da garrafa (cerca de 54g) e o conteúdo é uma das mais favoráveis entre os descartáveis. Por esse motivo torna-se rentável sua reciclagem.
O material não pode ser transformado em adubo. Plástico e derivados não podem ser usados como adubo, pois não há bactéria na natureza capaz de degradar rapidamente o plástico.
É altamente combustível, com valor de cerca de 20 Megajoules/quilo , e libera gases residuais como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzóico. Esses gases podem ser usados na indústria química.
É muito difícil a sua degradação em aterros sanitários.

Produção de PET no Brasil para garrafas

Em toneladas

1994 - 80.000
1995 - 120.000
1996 - 150.000
1997 - 185.700
1998 - 223.600
1999 - 244.800
2000 - 255.100
2001 - 270.000
2002 - 300.000
2003 - 330.000
2004 - 360.000
2005 - 374.000
2006 - 402.000
2007 - 407.000
2008 - 469.700

Produção de PET no Brasil

Ano Reciclagem (pós-consumo) Índice

1994

13.000 ton

18,80%

1995

18.000 ton

25,40%

1996

22.000 ton

21,00%

1997

30.000 ton

16,20%

1998

40.000 ton

17,90%

1999

50.000 ton

20,42%

2000

67.000 ton

26,27%

2001

89.000 ton

32,90%

2002

105.000 ton

35,00%

2003

141.000 ton

43,00%

2004

167.000 ton

47,00%

2005

174.000 ton

47,00%

2006

194.000 ton

51,30%

2007

231.000 ton

53,50%

2008

253.000 ton

54,80%

2009

262.000 ton

55,60%

fonte: ABIPET